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O meu carinho para ti

Ainda não te tinha escrito porque não encontrava as palavras certas. 
Porque não há palavras para descrever um ser como tu, tão prestável, quando por vezes vive as agruras da vida.
Mas nem por isso deixa de dar a mão, as mãos, e tudo a todos os que a rodeiam sem pedir nada em troca. 
 
Alguém que tem o Dom de dar sem esperar o contra-dom, contrariando os grandes sociólogos que dizem que não existe Dom sem Contra-dom...
Eu posso contrariá-los, já vivi essa experiencia nunca me vou esquecer, por isso não tenho palavras suficientes para manifestar o meu carinho.
Não vou pronunciar o teu nome, o teu reconhecimento chegará, senão for pelas minhas mãos será por outras quaisquer e tu vais saber, quando, onde e quem és. Nunca deixes de ser assim, nunca deixes de ser quem és.  
 
Paula
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A Nupcialidade na atualidade

Longe vai o tempo em que as uniões familiares eram celebradas com intuitos financeiros através de casamentos por conveniência planeados pelos progenitores. Segundo o estudo realizado por Sofia Aboim, há muito que os casamentos se realizam por amor e que muitas formas de paixão ou amor deram vazão a sentimentos de união mais calmos e controlados. No entanto é quase consensual entre os jovens de que todos pensam constituir uma família e ter filhos. Muito embora o número de famílias tradicionais, em constante mutação, esteja a diminuir, tomar medidas com vista a acompanhar os sinais da modernidade. No âmbito do apoio à natalidade, como jardim-de-infância público com prolongamento de horário, sistema de mediação familiar, equidade no acesso aos postos de trabalhado e ao ensino, incentivo a políticas salariais igualitárias independentemente do género. Segundo a autora “… o amor é complementaridade e aliança entre masculino e feminino, outras em que se procura romper com a tradicional diferenciação de género…” (Aboim, Sofia, 2009: 120). A forma de encarar as relações conjugais na atualidade deve servir de base para elaborar as políticas de apoio à família, de forma a equacionar novas questões e procurar novas soluções. A relação existente entre “amor”, “paixão” e conjugalidade continua a suscitar descriminação de género, o que leva cada vez mais a questões de individualismo e diminuição de vontade de ter filhos, uma vez que o sexo feminino tem uma papel mais ativo nas tarefas não remuneradas, por muito que se ambicione e aceite a igualdade como um dado adquirido. O que propicia novas formas de viver as relações a dois e por vezes a diminuição da natalidade, esta última deverá ser uma verdadeira preocupação nas políticas de apoio à família.

baseado em"a pluralidade...comtemporâneas" de Sofia Aboim

Paula 

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Quando o silêncio fala

Não fales,

Não digas nada,

Apenas o silêncio impera, e, é rei e senhor.

Palavras para quê?

Não valem de nada,

Não servem para nada.

Então não digas nada

Nada mais do que deves, ou mais do que podes,

Fica parado no silêncio da noite

Apenas as estrelas ouves cintilar

Estas sim, jamais vão parar

E quando te calas quem fala é o silêncio…

Nada é Nada,

Nada fica, apenas o silêncio.

 

Paula 2016

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O Valor do silencio segundo Fernando pessoa

Não Digas Nada!

"Não digas nada! 
Nem mesmo a verdade 
Há tanta suavidade em nada se dizer 
E tudo se entender — 
Tudo metade 
De sentir e de ver... 
Não digas nada 
Deixa esquecer 

Talvez que amanhã 
Em outra paisagem 
Digas que foi vã 
Toda essa viagem 
Até onde quis 
Ser quem me agrada... 
Mas ali fui feliz 
Não digas nada. "

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
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Para Onde Caminhamos

Para onde se encaminha a população portuguesa? No meu entender e segundo as estatísticas, caminha a passos largos para a sua redução e envelhecimento. Para fundamentar tal afirmação baseio-me nos dados publicados pelo INE1, no final de 2014.

As estatísticas demográficas, estudo científico da população, contribuem para percebermos as dinâmicas da população através dos censos, inquéritos por amostragem que originam cálculos por estimativa, utilizados nos anos intercensitários, e bases de dados dos serviços administrativos nacionais.

Cada vez se nasce e morre menos em Portugal, mas também se dão menos casamentos e cada vez mais tarde. Por razões económicas, o saldo migratório negativo tem tendência a aumentar. Das 128 mil pessoas que deixaram o país no ano anterior, à procura de melhores condições de vida, daqueles que esperam ficar mais tempo fora, cerca de 26 mil são jovens. Esses jovens irão aumentar o fosso já existente entre a população jovem e idosa. A relação de dependência dos mais velhos (65+) é cada vez mais elevada. Estima-se que em 2013, a relação de idosos era de 136 para cada 100 indivíduos com menos de 15 anos em comparação com o ano de 1990 que era apenas de 72,1 idosos por cada 100 jovens.

Para onde se encaminha a população portuguesa? No meu entender e segundo as estatísticas, caminha a passos largos para a sua redução e envelhecimento. Para fundamentar tal afirmação baseio-me nos dados publicados pelo INE1, no final de 2014.

As estatísticas demográficas, estudo científico da população, contribuem para percebermos as dinâmicas da população através dos censos, inquéritos por amostragem que originam cálculos por estimativa, utilizados nos anos intercensitários, e bases de dados dos serviços administrativos nacionais.

Cada vez se nasce e morre menos em Portugal, mas também se dão menos casamentos e cada vez mais tarde. Por razões económicas, o saldo migratório negativo tem tendência a aumentar. Das 128 mil pessoas que deixaram o país no ano anterior, à procura de melhores condições de vida, daqueles que esperam ficar mais tempo fora, cerca de 26 mil são jovens. Esses jovens irão aumentar o fosso já existente entre a população jovem e idosa. A relação de dependência dos mais velhos (65+) é cada vez mais elevada. Estima-se que em 2013, a relação de idosos era de 136 para cada 100 indivíduos com menos de 15 anos em comparação com o ano de 1990 que era apenas de 72,1 idosos por cada 100 jovens.

O INE calcula que nos últimos 10 anos a população diminuiu 0,4%, isto só nos anos mais recentes, porque até 2010 crescia devido ao elevado número de imigrantes, hoje o saldo migratório é negativo, um elevado número de emigrantes saem diariamente do nosso país. Em 2013 nasceram menos 7 mil bebés do que no ano anterior, em relação aos casamentos realizaram-se menos 59,6% desde 2003 e aumentou a idade média das mulheres quando do nascimento do primeiro filho em 5 anos face a 1990.

Toda esta conjuntura irá a curto e médio prazo criar uma situação de insustentabilidade no sistema nacional de saúde e de políticas sociais tal como nós as conhecemos hoje

O INE calcula que nos últimos 10 anos a população diminuiu 0,4%, isto só nos anos mais recentes, porque até 2010 crescia devido ao elevado número de imigrantes, hoje o saldo migratório é negativo, um elevado número de emigrantes saem diariamente do nosso país. Em 2013 nasceram menos 7 mil bebés do que no ano anterior, em relação aos casamentos realizaram-se menos 59,6% desde 2003 e aumentou a idade média das mulheres quando do nascimento do primeiro filho em 5 anos face a 1990.

Toda esta conjuntura irá a curto e médio prazo criar uma situação de insustentabilidade no sistema nacional de saúde e de políticas sociais tal como nós as conhecemos hoje.

Paula 2015

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Natal ou talvez não

A celebração do Natal, não sendo uniforme em todo o mundo, merece a nossa atenção. Várias são as religiões que interpretam a Bíblia e dão sentidos diferentes ao dia 25 de dezembro.

No caso do Cristianismo assinala o dia com a celebração do nascimento de Jesus.

Por outro lado, as Testemunhas de Jeová entendem que a Bíblia não menciona a data do nascimento de Cristo mas sim a da sua morte, daí não fazer qualquer sentido a celebração do dia 25 de dezembro.

Outras religiões que não seguem os ensinamentos Bíblicos têm, no entanto, pontos convergentes ao mês de dezembro.

Os Hindus comemoram o dia 25 de dezembro como o dia em que o nascimento da luz venceu a escuridão.

Os Neopagãos comemoram o solstício de inverno a 21 de dezembro.

Para quem professa o Zoroastrismo, o dia mais importante é o dia 26 de dezembro, aniversário da morte de Zaratrusta.

Ao falarmos de decorações natalícias do mundo contemporâneo, dir-se-á que são uma amálgama de usos e costumes que se foram reunindo ao longo dos séculos. Durante anos, os Protestantes foram apelidados da “religião da árvore de Natal”, a mesma que hoje é símbolo de tradição Católica e ainda há quem defenda que a mesma remonta a muitos séculos atrás, sendo utilizada em rituais pagãos como símbolo da fertilidade da natureza.

À sua semelhança, várias foram as situações que originaram o pai natal tal como o conhecemos hoje, “...resulta pura e simplesmente de um deslocamento recente da festa de São Nicolau, assimilada à comemoração do Natal, três semanas mais tarde.” (Lévi-Strauss, Claude, 2008:36). Segundo o autor, o pai natal também resulta de um acordo entre pais e filhos para negociação de presentes, ou seja época em que são permitidos/obrigatórios os presentes em detrimento dos restantes períodos do ano, o pai Natal recompensará os meninos bem comportados.

O madeiro de Natal, ritual pagão que durante séculos era visto como forma de proteger a família e a casa de raios e trovões, atualmente nalgumas localidades do interior do país é visto como forma de alumiar o menino Jesus e serve para juntar pessoas à volta da fogueira a contar histórias ou a cantar. Durante várias noites e dias é o local de convívio dos aldeões, até ao dia de Reis, o madeiro é alimentado para continuar a fumegar. Apesar de nalgumas aldeias o fenómeno da globalização está a mudar tradições e mudar mentalidades, com séculos de existência.

Podemos concluir que não só as sociedades estão em constante mutação, mas também as raízes culturais acompanham os tempos de mudança. Atualmente vivemos em sociedades cosmopolitas, os meios de comunicação abriram-nos novos horizontes, para o mundo moderno, vivemos na era da globalização. Os países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento estão a substituir o que chamamos “cultura de velhas tradições” por “cultura de consumismo” e o Natal é um verdadeiro exemplo disso.

Baseado no "suplicio do Papai Noel" de Lévi-Strauss,Claude 


Paula

 

 

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