A Nupcialidade na atualidade
Longe vai o tempo em que as uniões familiares eram celebradas com intuitos financeiros através de casamentos por conveniência planeados pelos progenitores. Segundo o estudo realizado por Sofia Aboim, há muito que os casamentos se realizam por amor e que muitas formas de paixão ou amor deram vazão a sentimentos de união mais calmos e controlados. No entanto é quase consensual entre os jovens de que todos pensam constituir uma família e ter filhos. Muito embora o número de famílias tradicionais, em constante mutação, esteja a diminuir, tomar medidas com vista a acompanhar os sinais da modernidade. No âmbito do apoio à natalidade, como jardim-de-infância público com prolongamento de horário, sistema de mediação familiar, equidade no acesso aos postos de trabalhado e ao ensino, incentivo a políticas salariais igualitárias independentemente do género. Segundo a autora “… o amor é complementaridade e aliança entre masculino e feminino, outras em que se procura romper com a tradicional diferenciação de género…” (Aboim, Sofia, 2009: 120). A forma de encarar as relações conjugais na atualidade deve servir de base para elaborar as políticas de apoio à família, de forma a equacionar novas questões e procurar novas soluções. A relação existente entre “amor”, “paixão” e conjugalidade continua a suscitar descriminação de género, o que leva cada vez mais a questões de individualismo e diminuição de vontade de ter filhos, uma vez que o sexo feminino tem uma papel mais ativo nas tarefas não remuneradas, por muito que se ambicione e aceite a igualdade como um dado adquirido. O que propicia novas formas de viver as relações a dois e por vezes a diminuição da natalidade, esta última deverá ser uma verdadeira preocupação nas políticas de apoio à família.
baseado em"a pluralidade...comtemporâneas" de Sofia Aboim
Paula