Movimentos sociais na atualidade
“Os movimentos sociais tomaram novos contornos desde o final do século XIX, com a emancipação da mulher, com o aumento do número de países democratizados, com o aumento das desigualdades sociais, com as crises económicas e financeiras e sobretudo com o desenvolvimento dos meios de comunicação e as novas tecnologias. Através dos meios tecnológicos, já se organizam movimentos, o que lhes dá uma maior dimensão num curto espaço de tempo, agindo assim muitas vezes como grupos de pressão sobre os dirigentes políticos. Acredito que estes movimentos terão repercussões no futuro da democracia em Portugal, uma vez que vivemos numa crise económica e as lacunas, não só sociais, mas em todos os setores são muitas. O povo tem direito ao manifesto, desde que ordeiramente, conforme expresso na CRP, é uma forma de os cidadãos, embora que indiretamente, interfiram nas decisões do país e em benefício da democracia e dos direitos adquiridos os governantes deverão ouvi-los e ponderar. A título de exemplo, as movimentações sociais das forças de segurança, durante vários anos não foram aceites com bons olhos, por serem elas próprias as estabilizadoras da ordem pública, mas ao fim de algumas manifestações e com o evoluir dos tempos, acabaram por ser compreendidas e chamadas ao diálogo. Os movimentos sociais são os movimentos das massas originados pelo descrédito nos políticos e nos sistemas de governação, com tendência a crescer. Desta forma as massas acreditam conseguir mudar algo que esteja em risco na sociedade.” Paula